Ana Elisa Egreja, Natureza-morta com berinjela, 2015
A obra Natureza-morta com berinjela, pintada por Ana Elisa Egreja em 2015, ilustra sua carta de hoje. Trata-se da pintura hiper-realista de uma berinjela numa bacia cor de rosa, como se a víssemos através de um vidro texturizado. Ao redor da bacia, na porção inferior da pintura, há um fundo verde-escuro com pequenas flores.
A obra, entre outras reflexões, pode nos fazer pensar sobre como nem tudo o que parece, é. Nas redes sociais, por exemplo, nos deparamos muitas vezes com imagens que utilizam filtros e edições e exprimem uma felicidade artificial que tomamos por real. Lembre-se de buscar sua verdade interior!
ANA ELISA EGREJA
(São Paulo, SP, 1983)
Natureza-morta com berinjela, 2015
óleo sobre tela
40 x 50,2 cm
Doação da artista, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2016
Lucy Citti Ferreira, Pintora no ateliê, 1939
A obra Pintora no ateliê, feita por Lucy Citti Ferreira em 1939, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta um autorretrato da artista no momento em que pinta uma tela sobre um grande cavalete.
A obra, entre outras interpretações, nos mostra que há muita potência em termos a liberdade de representar a nós mesmos(as). Que tal fazer um autorretrato ou selfie seu hoje? Assim como Lucy Citti Ferreira escolheu evidenciar seu trabalho como pintora, você também pode escolher representar suas características mais marcantes. Lembre-se: o autorretrato é uma maneira de se apresentar ao mundo!
LUCY CITTI FERREIRA
(São Paulo, SP, 1911 – Paris, França, 2008)
Pintora no ateliê, 1939
óleo sobre tela
81 x 61 cm
Doação da artista, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2018
Foto: Isabella Matheus
Sidney Amaral, Identidade, 2015
A imagem da obra Identidade, criada por Sidney Amaral em 2015, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos um conjunto de retratos, pintados em telas, que se assemelham a fotos 3×4, utilizadas comumente em documentos.
Entre outras interpretações, o artista nos instiga a refletir sobre a relação entre identidade e ancestralidade ao dispor as telas num formato que remete ao de uma árvore genealógica. Você conhece seus antepassados e a história da sua família? Talvez hoje seja um bom dia para começar uma pesquisa acerca das suas raízes!
SIDNEY AMARAL
(São Paulo, SP, 1973 – São Paulo, SP, 2017)
Identidade, 2015
óleo sobre tela
200 x 150 x 3,5 cm (Geral)
Doação da Coleção Otavio e Gustavo Cutait Abdalla, 2020
Rosana Paulino, Parede da memória, 1994
A imagem da obra Parede da memória, feita por Rosana Paulino em 1994, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta um grande conjunto de patuás – espécie de amuleto oriundo de tradições religiosas de matriz africana, costurado com pedaços de tecido no formato de pequenas bolsas, que podem conter ervas e outros objetos em seu interior. Na obra, cada patuá é estampado e pintado com retratos de familiares da artista e preenchido com algodão.
Parede da memória, entre outras interpretações, nos faz refletir sobre ancestralidade e raízes culturais. Ao estampar as imagens de seus familiares em objetos tão representativos da resistência das culturas afrodiaspóricas, a memória que Rosana Paulino mantém de seus antepassados, numa referência ao título do trabalho, é uma memória viva e em constante construção. Que tal pensar hoje em quais objetos e imagens representam sua família?
ROSANA PAULINO
(São Paulo, SP, 1967)
Parede da memória, 1994-2015
1.500 peças em aquarela, impressão digital, linha de algodão, microfibra e tecido
173,5 x 724 x 2 cm
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo. Doação da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2015.
Foto: Isabella Matheus
Patrícia Leite, Ó, 2017-2018
A imagem da obra Ó, criada em 2017-2018 por Patrícia Leite em colaboração com artesãs de Diamantina, Minas Gerais, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta uma tapeçaria redonda na qual a artista explora noções diversas de cartografia, enfeitada com pássaros, rios, árvores e construções, em referência às decorações da capela de Nossa Senhora do Ó, de Sabará, Minas Gerais.
Assim como Ó foi fruto de um processo que envolveu muitos indivíduos, a obra, entre outras possibilidades, parece nos convidar a refletir sobre a importância do trabalho coletivo. Lembre-se que existem atividades que não podemos realizar sozinhos(as). Por isso, é essencial colaborarmos com outras pessoas.
PATRICIA LEITE
(Belo Horizonte, MG, 1955)
Ó, 2017-2018
juta e lã
259 x 260 x 3 cm
Doação da artista , 2020
Foto: Isabella Matheus
Henrique Oliveira, EXPL 11
A imagem da obra EXPL 11, feita por Henrique Oliveira em 2017, ilustra sua carta de hoje. Essa obra questiona os limites entre escultura e pintura ao apresentar um acúmulo de tintas de diversas cores que avançam no espaço, como se o artista tivesse juntado as sobras de sua paleta.
EXPL 11 parece, entre outras ideias, nos fazer considerar que não é preciso se definir ou definir as coisas em categorias únicas. Lembre-se que é possível explorar e experimentar para além dos limites das definições.
HENRIQUE OLIVEIRA
(Ourinhos, SP, 1973)
EXPL 11 , 2017
arame, óleo, papel e cola sobre tela
41 x 34 x 28 cm
Doação de Cleusa de Campos Garfinkel, 2018
Bené Fonteles, Sem título, 1980
A obra Sem título, feita por Bené Fonteles em 1980, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos um conjunto de dezesseis fotocópias do perfil de uma figura masculina, organizada em quatro colunas. Em cada quadro, uma mão pintada com lápis de cor cobre a boca da figura.
Entre outras reflexões, a obra pode nos fazer pensar sobre as censuras reais e simbólicas às quais somos submetidos no dia-a-dia. Você já se sentiu silenciado(a) em alguma situação? Lembre-se que é importante identificar esses momentos e estar consciente de que você tem o direito de se expressar.
BENÉ FONTELES
(Bragança, PA, 1953)
Sem título, 1980
fotocópia e lápis de cor sobre papel colado sobre papel
71 x 50,1 cm
Compra Governo do Estado de São Paulo, 1981
Foto: Isabella Matheus
Flávio Cerqueira, Antes que eu me esqueça, 2013.
A imagem da escultura de Flávio Cerqueira, chamada Antes que eu me esqueça e feita em 2013, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos um homem negro em pé, apoiando-se num espelho que reflete a imagem de seu corpo inteiro.
Entre outros significados, podemos pensar que ela indica um momento de indagar-se e questionar-se sobre os rumos da vida a partir da análise de si mesmo(a). Hoje é um bom dia para essa investigação interior!
FLÁVIO CERQUEIRA
(São Paulo, SP, 1983)
Antes que eu me esqueça, 2013
espelho, madeira e pintura eletrostática sobre bronze
123,1 x 62,7 x 21,5 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Doação Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC
Foto: Isabella Matheus
Djanira, Autorretrato com duas figuras, 1945.
A obra Autorretrato com duas figuras, pintada por Djanira em 1945, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta um grupo de três pessoas que parecem envolvidas com a pintura que está sendo feita.
Essa pintura pode nos indicar, entre outras coisas, que devemos apostar em nossa capacidade criativa. Que tal aproveitar seus talentos hoje?
DJANIRA
(Avaré, SP,1914 – Rio de Janeiro, RJ, 1979)
Autorretrato com duas figuras, 1945
têmpera sobre papel
48 x 35 cm
Coleção Evelyn e Ivoncy Ioschpe, em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
Foto: Sérgio Guerini
Denilson Baniwa, Vitrine, 2019
A obra Vitrine, feita por Denilson Baniwa em 2019, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta uma intervenção sobre a impressão de uma gravura feita por dois viajantes europeus no início do século XIX, com a intenção de documentar ferramentas e objetos indígenas. O artista intervém na gravura antiga, utilizando recortes de revistas de decoração e escrevendo frases críticas a nanquim, como “Compra-se a natureza! Destrói-se a floresta!”, por exemplo.
Vitrine, entre outras interpretações, nos conscientiza sobre a relação entre a colonização e a nossa atual sociedade de consumo. Você já se perguntou sobre a origem dos produtos que consumimos diariamente? Qual será o impacto que eles têm sobre nosso planeta e sobre os povos indígenas? Hoje talvez seja um bom dia para você refletir sobre seus hábitos de consumo.
DENILSON BANIWA
(Barcelos, AM, 1984)
Vitrine, 2019
nanquim e recortes colados sobre impressão digital
50,7 x 69, 6 cm
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2019, por intermédio da Associação Pinacoteca de Arte e Cultura – APAC – em processo
Foto: Rômulo Fialdini
Jaider Esbell, Feitiço para salvar a Raposa Serra do Sol, 2019
A obra Feitiço para salvar a Raposa Serra do Sol, feita por Jaider Esbell em 2019, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta uma composição de criaturas reais e imaginárias, fortemente associadas a símbolos da natureza e à ancestralidade Macuxi, povo indígena do qual o artista fazia parte.
Entre outras reflexões, a obra nos lembra que, assim como Jaider Esbell pintou para expressar seu desejo de salvar a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, colocar nossos desejos e sonhos no papel pode ser uma boa maneira para realizá-los. Que tal escrever ou desenhar o que você quer que se concretize?
JAIDER ESBELL
(Normandia, RR, 1979 – São Paulo, SP, 2021)
Feitiço para salvar a Raposa Serra do Sol, 2019
tinta natural de Kumaté, acrílica e posca sobre lona de algodão cru
185 x 170 cm
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2019, por intermédio da Associação Pinacoteca de Arte e Cultura – APAC, 2019
Foto: Isabella Matheus
Leda Catunda, Katrina, 2009
A imagem da obra Katrina, feita por Leda Catunda em 2009, ilustra sua carta de hoje. Ela é formada por pedaços de tecidos diversos: alguns são estampados com paisagens litorâneas e contêm intervenções em pintura feitas pela artista. Os fragmentos se organizam de maneira a remeter ao movimento em espiral de um furacão, numa referência ao desastre ocorrido na cidade estadunidense de Nova Orleans em 2005 com o furacão Katrina, como aponta o título da obra.
Podemos perceber que, apesar de ter como inspiração uma situação de calamidade, há uma certa ordem na maneira com que Leda Catunda organiza os fragmentos que formam a obra. Entre outras interpretações, podemos nos lembrar que é possível, mesmo em meio ao caos, encontrar um ponto de equilíbrio a partir do qual podemos refletir e recomeçar. Hoje, busque seu ponto de equilíbrio!
LEDA CATUNDA
(São Paulo, SP, 1961)
Katrina, 2009
acrílica sobre tecido e tela
260 x 340 cm
Doação do Banco Itaú S/A por intermédio da Associação dos Amigos da Pinacoteca do Estado, com o benefício da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, 2011
Foto: Eduardo Ortega
Lenora de Barros, Poema, 1979
A obra Poema, feita por Lenora de Barros em 1979, ilustra sua carta de hoje. Ela nos apresenta uma sequência de fotografias que indicam uma espécie de narrativa visual estabelecida entre a língua da artista e uma máquina de escrever, relacionando duas formas de comunicação: a fala e a escrita.
A obra, entre outras interpretações, pode nos alertar acerca do poder da palavra, tanto para o bem quanto para o mal. Assim como na obra a língua da artista acaba presa entre os tipos da máquina, falar tudo o que pensamos sem nos preocuparmos com o outro pode ser uma armadilha. É importante se expressar, mas tenha atenção para como o outro receberá a mensagem!
LENORA DE BARROS
(São Paulo, SP, 1953)
Poema, 1979
seis fotografias analógicas preto e branco, saída digital sobre papel de algodão
150 x 32,8 (Geral)
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2018, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC
Foto: Isabella Matheus
Erika Verzutti, Avestruz
A imagem da obra Avestruz, feita por Erika Verzutti entre 2008 e 2015, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta uma escultura em bronze na qual três peças, que se assemelham a galhos, se equilibram a partir do topo.
A obra parece, entre outras reflexões, nos instigar a considerar se é mesmo necessário criarmos soluções elaboradas para situações que, observadas de outro ângulo, pedem por respostas mais simples. Lembre-se que o simples, muitas vezes, é o suficiente!
ERIKA VERZUTTI
(São Paulo, SP, 1971)
Avestruz, 2008-2015
acrílica sobre bronze
123,50 x 118 x 151 cm
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2014, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC
Nino Cais, Sem título, 2010
A obra Sem título, criada por Nino Cais em 2010, ilustra sua carta de hoje. Trata-se de um autorretrato em fotografia no qual vemos o artista do tronco para cima, vestindo uma espécie de blusa de tricô amarela que, num movimento que remete ao ato de tirar a peça, cobre seu rosto e mãos.
Entre outras interpretações possíveis, podemos pensar que essa imagem subverte a ideia que geralmente temos de retrato, não mostrando o rosto do retratado. Lembre-se de cultivar o que, em você, se destaca como característica pessoal, para além de sua aparência.
NINO CAIS
(São Paulo, SP, 1969)
Sem título, 2010
fotografia digital – impressão digital sobre papel de algodão
59 x 38,6 cm
Doação do artista, 2016
Berthe Worms, Canção Sentimental, 1904
A obra Canção Sentimental, pintada por Berthe Worms em 1904, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos uma mulher tocando violão, enquanto olha sonhadora para um ponto acima do nosso campo de visão. Seus lábios entreabertos parecem sugerir que ela está cantando uma canção.
Entre outras interpretações, podemos pensar que cantar ou tocar um instrumento pode ser uma ótima forma de expressar e extravasar nossos sentimentos. Lembre-se: quem canta seus males espanta!
BERTHE WORMS
(Uckange, França, 1868 – São Paulo, SP, 1937)
Canção sentimental, 1904
óleo sobre tela
81 x 66 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Compra do Governo do Estado de São Paulo, 1907. Incorporada ao acervo, 1911
Foto: Isabella Matheus
Lucy Citti Ferreira, Autorretrato, 1938
A obra Autorretrato, pintada por Lucy Citti Ferreira em 1938, ilustra sua carta de hoje. Ela mostra a própria artista com o rosto apoiado num dos braços. Seu olhar parece pensativo.
A obra pode nos fazer refletir, entre outras questões, sobre a necessidade de reservarmos algum tempo para a contemplação. Num mundo em que estamos sempre apressados, precisamos ter momentos a sós conosco mesmos e nossos pensamentos. Dê-se um tempinho para refletir sobre si mesmo(a).
LUCY CITTI FERREIRA
(São Paulo, SP, 1911 – Paris, França, 2008)
Autorretrato, c. 1938
óleo sobre tela
48,5 x 41 cm
Doação da artista, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2018
Foto: Isabella Matheus
Oscar Pereira da Silva, Quintal da Vovó, 1895
A obra Quintal da vovó, pintada por Oscar Pereira da Silva em 1895, ilustra sua carta de hoje. Nela podemos ver uma mulher idosa segurando uma criança no colo, no que parece ser um quintal. A criança parece tentar tocar ou apontar um coelho, que está dentro de uma gaiola.
Entre outras interpretações, a obra pode nos transportar para um lugar de cuidado e afeto, sensações muito necessárias para o nosso bem-estar e para o de quem está ao nosso redor. Que tal reservar um momento do seu dia para ser gentil com você mesmo(a) e com outra pessoa?
OSCAR PEREIRA DA SILVA
(São Fidélis, RJ, 1867 – São Paulo, SP, 1939)
Basse-cour de grand-mère (Quintal da avó), 1895
óleo sobre tela
123 x 95 cm
Incorporada ao acervo, 1911
Foto: Isabella Matheus
Thiago Rocha Pitta, Atlas/Oceano, 2014
Um quadro do vídeo Atlas/Oceano, feito por Thiago Rocha Pitta em 2014, ilustra sua carta de hoje. Trata-se de um vídeo de cerca de nove minutos que exibe um barco flutuando no mar sob um vasto céu azul. A imagem, no entanto, está de cabeça para baixo.
Entre outros significados, Atlas/Oceano nos mostra que, assim como o céu e o mar têm semelhanças, certas situações podem ser compreendidas de maneiras diferentes a partir das perspectivas pelas quais as observamos. Lembre-se: o seu céu pode ser o mar de alguém.
THIAGO ROCHA PITTA
(Tiradentes, MG, 1980)
Atlas / Oceano, 2014
vídeo, com som, 9 minutos e 5 segundos
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2015, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2017
Foto: frame de vídeo
Valeska Soares, Doubleface, 2018
A obra Doubleface, feita por Valeska Soares em 2018, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta uma pintura dividida em dois blocos de cor retangulares: a parte inferior é maior e verde; a superior, menor e amarela. Nesta última, é recortado um pedaço da tela, que revela um fragmento de um retrato pintado no verso da obra.
Entre outras ideias, Doubleface pode nos instigar a ver o mundo desde diferentes pontos de vista. Algo pode estar na frente ou no verso, em cima ou embaixo; isso depende da perspectiva do nosso olhar, que pode mudar de acordo com o lugar onde estamos. Lembre-se de mudar seu ponto de vista sobre a situação, pois às vezes essa ação nos mostra respostas alternativas!
VALESKA SOARES
(Belo Horizonte, MG, 1957)
Doubleface (Nickel Titanium Yellow/Permanent Green), 2018
óleo e recorte sobre pintura em óleo sobre tela
61 x 45,5 x 4 cm
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2018, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura.
Benedito Calixto, Longe do Lar, 1884
A obra Longe do Lar, pintada por Benedito Calixto em 1884, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos um homem sentado numa cadeira no que parece ser um ateliê. Ele apoia o rosto numa das mãos; na outra, segura uma carta, que observa atentamente.
Entre outras ideias, a obra parece nos lembrar que, mesmo que estejamos longe de alguém que nos é importante, ainda podemos encontrar meios de manter contato. Que tal mandar uma mensagem para alguém que você não vê há muito tempo?
BENEDITO CALIXTO
(Itanhaém, SP, 1853 – São Paulo, SP, 1927)
Longe do lar, 1884
óleo sobre tela
61,3 x 50,3 cm
Doação Lais Helena Zogbi Porto e Telmo Giolito Porto, 2014
Foto: Isabella Matheus
Almeida Júnior, O Violeiro, 1899
A obra O Violeiro, pintada por Almeida Júnior em 1899, ilustra sua carta de hoje. Ela nos mostra um homem tocando violão, sentado no que parece ser o parapeito da janela de uma casa de pau-a-pique. Em pé e encostada contra a janela, vemos uma mulher com os lábios entreabertos, como se estivesse cantando.
O Violeiro, entre outras ideias, nos convida a refletir sobre o poder da música para juntar as pessoas. Que tal dedicar uma canção a alguém hoje?
ALMEIDA JÚNIOR
(Itu, SP, 1850 – Piracicaba, SP, 1899)
O violeiro, 1899
óleo sobre tela
141 x 172 cm
Transferência do Museu Paulista, 1947
Foto: Isabella Matheus
Lenora de Barros, Procuro-me, 2003
A obra Procuro-me, feita em 2003 por Lenora de Barros, ilustra sua carta de hoje. Trata-se de um conjunto de cartazes que trazem imagens da própria artista em poses similares, mas com cabelos diferentes, sob o aviso curioso de que ela procura por si mesma.
Dentre outros significados, a obra pode nos alertar que às vezes buscamos nossas respostas em todos os lugares, menos em nós mesmos(as). O que procuramos pode estar, afinal, dentro de nós.
LENORA DE BARROS
(São Paulo, SP, 1953)
Procuro-me, 2003
16 impressões em offset a cores sobre papel e placas de plástico
82 x 66 x 0,5 cm
Coleção Roger Wright, em Comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
Foto: Rômulo Fialdini
Jonathas de Andrade, Cartazes para o Museu do Homem do Nordeste, 2013
A imagem da obra Cartazes para o Museu do Homem do Nordeste, criada por Jonathas de Andrade em 2013, ilustra sua carta de hoje. Ela é composta por um conjunto de imagens que remetem a cartazes. Vemos, em cada exemplar, uma representação diferente do que seria o “homem do nordeste”, acompanhada pelos dizeres do título em letras brancas.
Entre outras interpretações, a obra pode nos propor uma reflexão acerca das imagens estereotipadas de determinados grupos, as quais, apesar de muitas vezes corresponderem de fato a aspectos de suas identidades, podem facilmente recair em preconceitos. Lembre-se de que todos participamos de diferentes grupos sociais que podem ser vistos pelos outros de maneira distinta de como os entendemos. Evite rotular-se!
JONATHAS DE ANDRADE
(Maceió, AL, 1982)
Cartazes para o Museu do Homem do Nordeste, 2013
Dimensões variadas
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2017, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2018
Foto: Isabella Matheus
Tuca Vieira, Paraisópolis, 2004
A obra Paraisópolis, feita por Tuca Vieira em 2004, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta a desigualdade social simbolizada, entre outros elementos, por um muro que divide dois bairros paulistanos que se encontram lado a lado: Paraisópolis e Morumbi. Apesar de serem áreas vizinhas da mesma cidade, as condições sociais e econômicas entre os dois bairros são muito diferentes.
Essa imagem, entre outras ideias, pode nos alertar para as distâncias reais e simbólicas que nos separam dos outros. Lembre-se que as experiências de vida de cada um são diferentes; o que é bom e correto para você pode não o ser para os demais. Que tal apostar no diálogo para desfazer possíveis incompreensões?
TUCA VIEIRA
(São Paulo, SP, 1974)
Paraisópolis, 2004, impressão de 2007
fotografia digital – impressão digital sobre papel de algodão
51 x 69,2 cm
Doação do artista, 2013
Foto: Isabella Matheus
Regina Vater, Mulher mutante, 1968
A imagem da obra Mulher mutante, feita por Regina Vater em 1968, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta uma espécie de caixa que contém partes estilizadas de um corpo feminino. Essas partes estão sobre trilhos sobre os quais esses fragmentos podem ser deslocados. Ou seja, a obra parece nos convidar a construir ou desconstruir esse corpo em eterno movimento, o que explica seu título.
Mulher mutante, entre outras ideias possíveis, também nos convida a refletir sobreo que em nós permanece imutável, num mundo em constante movimento. Procure fugir dos moldes e modelos socialmente predeterminados. Hoje, busque a inovação!
REGINA VATER
(Rio de Janeiro, RJ, 1943)
Mulher mutante, 1968 (construção de 2018)
esmalte sobre aglomerado, trilhos e rodízios em metal e plástico
Doação dos Patronos da Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado de São Paulo 2018, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura
Almeida Júnior, Leitura, 1892
A obra Leitura, pintada por Almeida Júnior em 1892, ilustra sua carta de hoje. Nela, vemos uma mulher entretida na leitura de um livro, sentada confortavelmente numa espécie de terraço dentro do que parece ser uma vasta propriedade.
Entre outras interpretações, a pintura pode evocar a ideia da leitura como um ótimo jeito de conhecer mundos e perspectivas diferentes. É uma oportunidade de viajar sem sair do lugar. Que tal começar uma leitura hoje?
ALMEIDA JÚNIOR
(Itu, SP, 1850 – Piracicaba, SP, 1899)
Leitura, 1892
óleo sobre tela
95 x 141 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Transferência do Museu Paulista, 1905. Incorporada ao acervo, 1911
Foto: Isabella Matheus
Lucy Citti Ferreira, Chat vert (Gato Verde), 1940
A obra Chat Vert (Gato Verde), pintada por Lucy Citti Ferreira em 1940, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos uma figura feminina que parece estar sentada numa cadeira, com um gato no colo ou a seu lado. A artista, porém, pinta a cena de maneira a achatar as figuras e fundi-las umas às outras. Desse modo, a sensação que temos é que mulher, cadeira e gato são um só corpo.
Entre outras interpretações, a obra nos instiga a pensar no que nos traz calma e satisfação. Seria o carinho de algum animal doméstico? Ou alguma atividade de lazer? Lembre-se que precisamos encontrar momentos de conforto em meio ao agitado cotidiano.
LUCY CITTI FERREIRA
(São Paulo, SP, 1911 – Paris, França, 2008)
Chat vert (gato verde), 1940
areia e óleo sobre tela
50 x 61,2 cm
Doação da artista, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2018
Foto: Isabella Matheus
Armando Prado, Sem título, 1977
A obra Sem título, feita por Armando Prado em 1977, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos um casal no que parece ser o centro de uma cidade, com várias pessoas e ônibus ao seu redor e um prédio com letreiros de propaganda ao fundo.
Assim como o casal retratado, a obra pode nos lembrar que as vezes precisamos interromper nossos afazeres, parar no meio de uma rua movimentada e aproveitar o momento.
ARMANDO PRADO
(São Paulo, SP, 1952)
Sem título, 1977
fotografia analógica colorida, saída digital sobre papel de algodão
60 x 90 cm
Doação do artista, 2017
Ismênia Coaracy, A personalidade, 1969
A obra A personalidade, pintada por Ismênia Coaracy em 1969, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos uma justaposição de vultos coloridos – vermelhos, verdes e roxos, entre outros – que se assemelham a silhuetas humanas. Perto do canto inferior direito, uma das figuras segura uma câmera fotográfica.
Entre outras interpretações, a obra nos instiga a pensar sobre o que nos diferencia das outras pessoas e nos torna únicos(as). Que tal pensar hoje sobre o que compõe a sua personalidade? Lembre-se que, mesmo em meio a uma multidão, você ainda é absolutamente particular!
ISMÊNIA COARACY
(Sertãozinho, SP, 1918 – São Paulo, SP, 2022)
A personalidade, 1969
óleo sobre tela
146 x 114 cm
Doação do artista, 1991
Foto: Isabella Matheus
Emmanuel Nassar, Traptic, 2015
A imagem da obra Traptic, feita por Emmanuel Nassar em 2015, ilustra sua carta de hoje. Nela vemos um conjunto de objetos diversos: pedaços de fórmica, uma tela de galinheiro, soquetes de lâmpadas etc. Eles estão dispostos no sentido horizontal e cada elemento parece se encaixar em outro.
Entre outras interpretações, a obra nos instiga a repensar o uso de materiais que talvez consideremos inúteis. Se estiver em busca de soluções, lembre-se daquelas que normalmente seriam descartadas. É possível encontrar respostas até no que aparenta não ter sentido.
EMMANUEL NASSAR
(Capanema, PA, 1949)
Traptic, 2015
acrílica e esmalte sobre metal, acrílica e látex sobre madeira, fios de cobre e soquetes de porcelana, látex sobre aglomerado, madeira, parafusos, pregos e tela de metal
62 x 150 x 8,9 cm (Geral)
Doação da Fundação Edson Queiroz, 2015
Foto: Isabella Matheus
Anna Maria Maiolino, A viagem, 1966
A imagem da obra A viagem, pintada por Anna Maria Maiolino em 1966, ilustra sua carta de hoje. Num suporte de pintura em forma de T, a obra apresenta três personagens: de um lado, a artista e sua mãe; do outro, o pai. Telas azuis com a palavra “mar” alongada a partir da repetição das letras “a” e “r” separam os membros da família.
A viagem, entre outras questões, nos convida a considerar as distâncias que existem entre nós e os outros, sejam geográficas ou simbólicas. Lembre-se que, mesmo que alguém de quem você goste esteja num lugar distante, a proximidade pode ser mantida de outras maneiras. Que tal matar as saudades de quem está longe?
ANNA MARIA MAIOLINO
(Scalea, Itália, 1942)
A viagem, 1966
acrílica sobre tela e tinta sobre madeira
50,4 x 135,4 x 7,9 cm
Coleção Roger Wright, em Comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
Foto: Isabella Matheus
Daniel Melim, Unsistema, 2012
A obra Unsistema, criada por Daniel Melim em 2012, ilustra sua carta de hoje. Ela é um díptico que transpõe para as telas a linguagem da pintura urbana feita em muros com grafitti, como o uso de formas vazadas e tinta spray, além da presença de personagens e linguagem populares.
Pensando na subversão de se trazer um tipo de arte encontrada nas ruas para o espaço de um museu, Unsistema pode nos fazer pensar, entre outras questões, nos deslocamentos e subversões de expectativas. Lembre-se que, assim como é possível encontrar arte nos lugares mais inesperados, também podemos encontrar respostas onde menos esperamos.
DANIEL MELIM
(São Bernardo do Campo, SP, 1979)
Unsistema, 2012
acrílica, látex e tinta spray sobre tela
200 x 400 cm
Doação do Iguatemi São Paulo, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2019
Foto: Alexandre Vianna
Débora Bolsoni, Lição de Mimese, 2004-2006
A obra Lição de Mimese, criada por Débora Bolsoni entre 2004 e 2006, ilustra sua carta de hoje. Ela é composta por um conjunto de objetos que, apesar de possuírem molduras similares às de espelhos, têm as superfícies interiores feitas de fórmica semelhante à encontrada em lousas escolares.
Entre outros significados, podemos pensar que a obra, em vez de nos refletir, parece nos convidar a elaborar nossa própria imagem. Lembre-se que, apesar das molduras, a forma não determina o conteúdo de um objeto ou pessoa. Liberte-se das normas impostas externamente!
DÉBORA BOLSONI
(Rio de Janeiro, RJ, 1975)
Lição de mimese, 2004-2006
fórmica e madeira
188,5 x 309,2 cm (geral)
Doação do Iguatemi São Paulo, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2019
Foto: Isabella Matheus
Cildo Meireles, Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola, 1970
A imagem da obra Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola, feita por Cildo Meireles em 1970, ilustra sua carta de hoje. Ela apresenta três garrafas retornáveis de Coca-Cola: a primeira está cheia de um líquido que parece ser o refrigerante, a segunda está pela metade e a terceira, vazia. No vidro, logo abaixo do rótulo oficial do produto, estão impressas as seguintes instruções dadas pelo artista: ”Gravar nas garrafas informações e opiniões críticas e devolvê-las à circulação.”
Entre outras ideias, Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola nos mostra que é possível encontrarmos mensagens nos lugares mais inesperados. Lembre-se de estar atento às mensagens que receber!
CILDO MEIRELES
(Rio de Janeiro, RJ, 1948)
Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola, 1970
decalque sobre garrafas de coca-cola em vidro, metal e líquido
14,3 x 6 Ø cm (cada garrafa)
Coleção Roger Wright, em Comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
Foto: Isabella Matheus